domingo, 16 de outubro de 2016

Não à PEC 241 e outros escritos e bem ditos


Contra a PEC 241, reforma tributária já! 

A burguesia brasileira bancou a eleição dos representantes dos seus interesses no congresso nacional. O congresso nacional, cumprindo o compromisso com a burguesia que bancou sua eleição, mentiu mais uma vez para o povo brasileiro sobre o retrocesso econômico e social que significa a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 241, que pretende modificar a Constituição de 1988 e piorá-la para trabalhador@s assalariad@s, pobres em geral e dependentes de serviços públicos, especialmente saúde e educação.

Os meios de comunicação dominante, porta vozes da burguesia brasileira, amplificaram a mentira por trás da PEC 241. O povo brasileiro cuja maioria formada por trabalhador@s assalariad@s, pobres em geral, parece anestesiado, indiferente e alheio a tragédia anunciada que congelará recursos públicos fundamentais para os próximos 20 anos. Alguém, em sã consciência, consegue sequer imaginar que país será esse daqui a 20 anos de estagnação de investimentos públicos?

É preciso recuperar a história. Temos a triste lembrança dos anos 1990, durante governos Collor e FHC, crise política, sequestro da poupança, estagnação de salários, nenhum investimento público e social, troca de moeda, privatização do rico patrimônio nacional, aposentados chamados de "vagabundos" pelo presidente de plantão, demissões em massa, empobrecimentos das cidades e uma burguesia que ria a toa diante de tudo isso. A década de 1990 foi uma tragédia para trabalhador@s assalariad@s, pobres em geral e dependentes de serviços públicos.

Agora, a história se repete como farsa. Se o povo brasileiro permitir que essa PEC seja aprovada, estará lançando a próxima geração - seus filhos e filhas - na completa incerteza sobre o futuro. Voltará a corrente que manterá agrilhoada gerações. A cobrança pela crise econômica deve ser para os de cima e jamais para os de baixo. Portanto, recuperar a economia significa em primeiro lugar promover a reforma tributária e cobrar dos ricos a devida conta social do país que os enriquece há gerações!

Freire-ando: há 20 anos! 

"Não posso aceitar como tática do bom combate a política do quanto pior melhor, mas não posso também aceitar, impassível, a política assistencialista que, anestesiando a consciência oprimida, prorroga, 'sine die' - sem data marcada! -, a necessária mudança da sociedade. Não posso proibir que os oprimidos com quem trabalho numa favela votem em candidatos reacionários, mas tenho o dever de adverti-los do erro que cometem, da contradição em que se emaranham. Votar no político reacionário é ajudar na preservação do 'status quo'. Como posso votar, se sou progressista e coerente com minha opção, num candidato em cujo discurso, faiscamente de desamor, anuncia seus projetos racistas?". Paulo Freire, "Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível", em "Pedagogia da Autonomia - saberes necessários à prática educativa", Paz e Terra, 1996.

O que fizemos para impedir que Dólar fosse eleito em SP? 

Nunca pensei que apoiar a gestão Fernando Haddad nesta eleição fosse um dever somente do PT e da coligação partidária.

Dado o contexto desta eleição, considerava também um dever das esquerdas, dos de baixo - trabalhador@s, pobres, das periferias -, dos progressistas e pessoas comprometidas com a democracia - nem tão de esquerda assim!

Portanto, não se tratava de apoio incondicional.

Tinha essa consideração - contraditória, confesso! - exatamente porque imaginava que o golpe que galopa arbitrariamente no país pudesse produzir mais indignação e menos pragmatismo neste diverso campo político - e às vezes nem tão político assim.

Mas não. A eleição de Dólar em SP, com apoio incondicional da tríade do mal política-empresarial-midiática sela o golpe na maior, mais populosa e mais rica – e por isso ainda muito desigual - Cidade do País.

Não há dúvida: o golpe venceu em SP.

Antes de brincar de analista político e atribuir que "o inferno são os outros" precisamos nos perguntar: o que fizemos para impedir que Dólar fosse eleito em SP? [Imagem: "O grito", Edvard Munch, 1893, Noruega]

Ruivo Lopes (SMC/CSMB), Miro Nalles (SMC/CSMB), Sheila Coelho (SME) e Ricardo Queiroz (Câmara Municipal) em diálogo com educadoras/es sobre políticas públicas de livro, leitura, literatura e biblioteca durante a FLICT-Festa Literária de Cidade Tiradentes, na Biblioteca de Direitos Humanos Maria Firmina dos Reis, zona leste de SP.

De manhãzinha, na manhãzinha, na UNICID, zona leste de SP, conversando com estudantes sobre leitura e literatura de dentro e de fora da margem com meu chapa Valmir Souza, a convite da professora do curso de letras Isabel Lagedo Pizzingrilli. Foi um prazer, valeu a atenção, os poemas declamados, cada inquietação... só faltou a sombra de uma mangueira!

Crise de identidade 

O campo da esquerda, de fato, não se preparou para este momento.

Confuso, disputa entre si a narrativa, a estratégia, a vaidade e a liderança de um processo ainda sem rumo.

Na incapacidade de incomodar os verdadeiros adversários, prefere jogar pérolas aos porcos ao invés de lavagem.

Além de confuso, parece ter flexibilizado alguns princípios e com isso esquece também da sua própria história, capítulos de "sangue, suor e barricadas".

O monopólio da violência é do Estado e numa sociedade de classes, violentamente desigual, o Estado representa o poder das elites que dele se apropriam, logo a violência dos agentes de Estado representa a violência das elites que o controlam e cujo objetivo maior ainda é a defesa da propriedade privada. Refiro-me aqui não aos bens básicos da classe trabalhadora, mas, sim, ao capital hereditário, marca da sociedade de classes no Brasil.

Parte da esquerda abandona convenientemente suas cartilhas, por isso, alguns se prestam a fazer papel de "inocentes úteis" ao atender os apelos de editorais da imprensa dominante que clamam pela barbárie em praça pública.

É coerente que as policias se curvem aos clamores da barbárie estimuladas pelos seus mandantes nas elites. O que é inaceitável é que parte da esquerda identifique no seu próprio campo o "inimigo comum".

Quando parte da esquerda e a direita convergem no mesmo ponto, é hora da esquerda deitar no divã!

Desobediência civil 

Consumado o golpe, o povo brasileiro se vê transportado para a incerteza dos próximos anos numa locomotiva comandado por aventureiros inconsequentes dispostos a cortar caminho para chegar ao poder.

A irresponsabilidade das elites políticas acaba de lançar o Brasil na completa imprevisibilidade política, econômica e social.

Este país sempre foi dividido, saiu dividido das urnas em 2014 e permanecerá dividido não só pelo voto, mas pelas profundas desigualdades que ainda marcam o país, nossos males de origem estimulados pelas elites ressentidas de um passado nem tão distante assim.

Neste momento, a locomotiva chamada Brasil está em movimento regressivo.

Uma questão histórica se coloca ante o povo brasileiro.

O povo brasileiro terá a árdua tarefa de livrar-se dos golpistas no poder e dos igualmente golpistas que sustentam os golpistas no poder, e retomar os rumos desta locomotiva.

A locomotiva Brasil foi desviada do seu rumo histórico. Mais do que lembrá-los todos os dias de que são golpistas - nas ruas, nos bairros, nas cidades, Brasil afora e no exterior -, será preciso combater os golpistas todos os dias, de todas as formas necessárias.

A desobediência civil será o princípio da resistência!

Erês | Eu fico com a pureza da resposta das crianças. É a vida, é bonita! [Foto Joao Claudio De Moura Sinto]


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Sucessão de golpes 

O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética..., como dissera Martin Luther King. O que me preocupa é o silêncio e a passividade dos 54.501.118 votos que confirmaram pela segunda vez Dilma Rousseff presidenta do Brasil!

Aconteceu! 

Na Câmara Municipal de São Paulo, o bate-papo "Implementação do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca 'Lei Antonio Candido' - Projetos de incentivo à leitura e Bibliotecas comunitárias", com José Castilho Marques Neto, ex secretário do Plano Nacional do Livro e Leitura, e diversos agentes que atuam na defesa de políticas públicas para a leitura em São Paulo!

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