domingo, 13 de novembro de 2016

Trump e Temer & outros escritos e bem ditos


Trump é uma arma apontada para a minha cabeça. [Arte por Seth David Tobocman]

Trump e Temer 

Surpreso ou qualquer coisa que o valha com a vitória de Trump nos EUA? Os mesmos EUA já elegeram um ator para presidente. Procure os melhores discos punks produzidos nos EUA no início dos anos 1980 e terá o melhor retrato crítico do que foi o governo do também republicano Ronald Reagan.

Se a eleição de Trump é ruim para os EUA e o mundo, preste atenção no programa sem voto implementado pelo presidente não eleito Michel Temer no Brasil.

Trump é ruim pelo o que já anunciou. Mas Temer é pior pelo o que já tem feito!

A conveniência do Estado Mínimo

No momento em que o governo Temer pretende aprovar PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 55 (antes 241) para congelar investimentos públicos durante 20 anos - equivalente a duas gerações -, eis que leio na Folha de S.Paulo do dia 7 que o mesmo governo prepara medida provisória para salvar da falência a Oi, empresa privada de telecomunicações. Caso aconteça, a medida abrirá precedente para intervenção do governo para salvar da falência qualquer empresa privada que presta serviço público.

No Brasil, desde a década de 1990, durante os governos Collor-FHC, com a abertura incondicional do País para o mercado internacional, o empresariado (cada vez menos) nacional promove um mantra de que Estado bom é Estado mínimo. Balela! 

Desde a crise financeira (porque a econômica é coisa do passado) de 2008, a partir dos EUA, que o mercado recorre, quando convêm, aos cofres públicos para salvá-lo da falência. Na Europa, quem dita as regras austeridade que varreu a economia grega, por exemplo, foi a Alemanha.

Com a PEC 241 e a possível medida para salvar empresas privadas da falência com dinheiro público, fica evidente a opção que o governo Temer faz: salvar o mercado financeiro e congelar investimentos públicos!

Suspeito ou... 

Pelas características com que agiu, atuando coordenada, articulada e espetacularmente com outros estados, suspeito (ou "não tenho provas, mas tenho convicção") que a Polícia Civil tenha tornado pública uma perigosa, arbitrária e belicosa competição por visibilidade e prestigio político com a Polícia Federal, detentora hoje da elite policial brasileira.

Esta ação contra o MST, outra suspeita (ou...) , cheira a Planalto, particularmente Ministério da Justiça, e é típica de mente de alguém como Lex Luthor!



MST é vítima de arbítrio, perseguição política e violência da Policia Civil 

Em notícia veiculada pelo G1 Mogi das Cruzes e Suzano, com texto das jornalistas Fernanda Lourenço e Jamile Santana, com base em informações da TV Diário, [na invasão organizada pela Polícia Civil a Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, SP] "Um dos dois detidos, segundo o MST, é RONALDO VALENÇA HERNANDES, 60 ANOS, que TRABALHA NA BIBLIOTECA DA ESCOLA e TEVE UMA FRATURA NA COSTELA. Segundo a polícia, ele É UM DOS AGRESSORES DOS POLICIAIS". Seu Ronaldo foi liberado junto com Glades Antonia de Oliveira, também acusada de agredir os policiais.

Os fatos noticiados escorem o arbítrio policial típico da ditadura servil-militar (da qual a Polícia Civil também é responsável), a perseguição política e violência características das instituições policiais com que a Policia Civil agiu na manhã do dia 4 contra o MST.

Assista o vídeo que registra o momento da invasão dos policiais civis a Escola Nacional Florestan Fernandes e reflita sobre a desproporcionalidade dos fatos noticiados!


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